Indústria
Mercado imobiliário
60% dos imóveis vendidos pela MRV em Teresina são financiados pelo Minha Casa Minha Vida
Em Teresina, os imóveis da MRV vendidos através do programa variam entre R$200 mil e R$ 230 mil
Emelly Caroline Alves - redacao@pinegocios.com.br
Conquistar a casa própria é um sonho comum entre os teresinenses, mas a renda muitas vezes dificulta esse objetivo. Nesse contexto, programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) são fundamentais, pois oferecem subsídios que ajudam na compra de imóveis. Em Teresina, 60% dos imóveis vendidos pela MRV, uma das maiores construtoras da América Latina, foram adquiridos através deste programa.
O dado, referente ao ano de 2024, mostra a importância do programa para a população local. Criado pelo Governo Federal em 2009, o MCMV facilita o acesso à moradia própria para famílias de diferentes faixas de renda através de condições especiais de financiamento, que têm prazos de até 35 anos e juros abaixo dos praticados pelo mercado. Na capital, os imóveis da MRV vendidos através do programa variam entre R$200 mil e R$ 230 mil, com financiamentos adaptados às necessidades das famílias.
Atualmente, três residenciais estão em fase de lançamento em Teresina, todos aptos ao financiamento pelo Minha Casa Minha Vida. Um deles é o Terrazzo Oiti, no bairro Uruguai, zona leste da cidade, que já tem 45% da fundação e 31% da estrutura concluídas.
“Temos oportunidades de compra diferenciadas no estado, com financiamento flexível e um estoque robusto, incluindo opções no programa Minha Casa, Minha Vida, que oferece significativas vantagens, como subsídios de até R$ 55 mil e taxas de juros reduzidas de 4% ao ano para o Nordeste”, afirma Alessandro Almeida, diretor-comercial da MRV no Nordeste.
O impacto do programa habitacional tende a crescer nos próximos anos. Recentemente, o Governo Federal anunciou a construção de 529 novas moradias no estado, das quais 352 serão em Teresina. Além disso, o Governo do Estado lançou em 2023 o Morar Bem Piauí, um programa instituído pela Lei Nº 8.185, que visa subsidiar a entrada na compra do primeiro imóvel, beneficiando famílias com renda mensal de até R$ 8 mil.
Para Alessandro Almeida, programas como esses impulsionam o crescimento do mercado imobiliário.
“Acreditamos firmemente que o novo programa contribuirá para reduzir o déficit habitacional e possibilitará que mais jovens realizem o sonho da casa própria”, acrescenta Alessandro.
53% dos beneficiados pelo programa são da Geração Z
Em 2023, o programa Minha Casa, Minha Vida teve um grande impacto na compra de imóveis por jovens entre 18 e 30 anos, a chamada Geração Z. No Piauí, 53% dos compradores de imóveis da MRV beneficiados por este programa pertencem a essa faixa etária. O percentual está alinhado com a média nacional de 57%, mas fica um pouco abaixo de estados como Goiás (64%) e Paraná (66%), onde a participação de jovens é ainda mais expressiva.
A Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010. De acordo com Alessandro Almeida, aproximadamente 16% da população teresinense pertence a essa faixa etária, o que representa cerca de 140 mil habitantes. Segundo ele, as condições de financiamento oferecidas pelo Minha Casa, Minha Vida são especialmente atrativas para esses jovens. O programa foi ajustado para atender diferentes faixas de renda mensal que variam entre R$ 2.640 e R$ 8.000.
“Esse grupo, que é economicamente ativo, se encaixa perfeitamente no perfil de clientes que buscamos atender. Os dados mostram como o programa habitacional do Governo Federal é positivo e necessário para auxiliar a população a realizar o sonho da casa própria, em diferentes gerações”, comenta o diretor comercial.
Um levantamento da MRV revelou ainda que 32% dos compradores de imóveis da construtora no Piauí são da Geração Z. O número demonstra o crescente interesse entre os jovens de investir em imóveis. Em comparação com outras regiões do Brasil, onde a porcentagem de compradores da Geração Z pode chegar a 63%, no Piauí ainda há um potencial significativo para crescimento.
“O sonho da casa própria segue sendo um dos grandes objetivos dessa geração, aliado a fatores como aumento do preço do aluguel e a instabilidade econômica do país têm colaborado na decisão dos jovens de 18 a 30 anos para a aquisição do imóvel”, destaca Thiago Ely, diretor executivo comercial da empresa.
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Segundo o Ely, os jovens que desejam comprar um imóvel por financiamento podem aumentar o valor disponível para compra através da composição de renda, ou seja, unindo a renda de dois ou mais compradores. As regras para essa composição variam entre as instituições financeiras, mas geralmente é permitido incluir qualquer pessoa, como parentes.
Isso oferece uma oportunidade adicional para a Geração Z. “Com a composição de renda, é possível financiar um valor maior. Por exemplo, se você tem uma renda de R$ 3.000, pode comprometer até 30% dela com o financiamento, ou seja, R$ 900. Ao incluir um parente com a mesma renda, o valor total financiado pode subir para R$ 1.800 por mês”, explica o diretor.
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