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O gestor ansioso (e frustrado)

 
 
 
 

É um fato que a ansiedade é uma patologia que traz grandes problemas para a sociedade. O Brasil é o país mais ansioso do mundo, e os sintomas e consequências da ansiedade também podem ser observados nas empresas e no comportamento de gestores e empresários.

A ansiedade é um mecanismo de defesa natural do organismo humano que garante sua sobrevivência. Ou seja, a ansiedade, em sua essência, é natural e benéfica. No entanto, o comportamento ansioso torna-se um traço da personalidade de gestores e empresários que pode ser prejudicial quando se transfere para decisões de gestão.

O anseio saudável de “não ficar para trás” muitas vezes serve como base para a tomada de decisões precipitadas, especialmente na aquisição de ferramentas e sistemas. A ansiedade para adotar novas soluções, motivada pelo medo de “preciso estar sempre um passo a frente”, pode levar gestores a decisões impulsivas, como “preciso disso agora”, resultando na aquisição de um parque monstruoso de ferramentas sem uma análise adequada das reais necessidades da empresa. Esse comportamento não apenas leva à alocação inadequada de recursos, mas também à ineficiência operacional.

O gestor ansioso é quase sempre um gestor frustrado.

 

Devemos ter em mente o modelo das fases de crescimento e maturidade das organizações, no qual a adoção de ferramentas e processos precisa ser gradual e acompanhar o nível de maturidade da empresa. Cotidianamente, encontro gestores ansiosos por análises, processos interconectados e automáticos, onde, infelizmente, os processos básicos do negócio sequer são minimamente executados.


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Diante disso, devemos sempre nos perguntar: "Qual problema eu quero resolver?" antes de adotar novas ferramentas ou sistemas, garantindo que as decisões sejam pautadas nas reais necessidades da organização, respeitando as características do seu segmento e o nível de maturidade do negócio.
 

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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção

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