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Atividades de delivery lideram em salários no setor de serviços do Piauí

A Pesquisa Anual de Serviços aponta que os 'correios e entregas' pagaram cerca de 3 salários mínimos em 2022

 
 
Ao todo, o setor de serviços registrou crescimento de 22,15% em 2022 (Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 Ao todo, o setor de serviços registrou crescimento de 22,15% em 2022 (Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 
 

As atividades de correios e entregas são as que melhor remuneram os trabalhadores no Piauí, segundo os últimos dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), realizada pelo IBGE.

Em 2022, essa atividade pagou em média 3,2 salários mínimos, liderando o setor de serviços no estado. O grupamento se destacou em comparação a outras atividades do setor, como “outros transportes”, que pagou em média 2,5 salários mínimos, e “armazenagem e atividades auxiliares aos transportes”, com 1,6 salário mínimo.

Por outro lado, as atividades que apresentaram as menores remunerações foram os “serviços de manutenção e reparação”, com uma média de 0,9 salário mínimo, e as “atividades culturais, recreativas e esportivas”, que pagaram em média 0,8 salário mínimo.
 

Apesar do destaque em remuneração, o grupamento de “correios e outras atividades de entrega” teve uma redução no valor médio dos salários ao longo dos anos. Em 2013, os trabalhadores dessa área recebiam uma média de 4 salários mínimos, valor que caiu para 3,2 salários mínimos em 2022. Esse cenário de redução salarial se repetiu em diversas outras atividades. 

O setor de serviços abrange diversas atividades, incluindo transporte rodoviário, serviços de alojamento e alimentação. O setor registrou um aumento de 22,15% em 2022, passando de R$ 7,5 bilhões em 2021 para R$ 9,2 bilhões no ano seguinte. Entre as atividades que mais contribuíram para esse crescimento está o transporte rodoviário, cuja receita bruta teve um incremento de 58,23%.

Atividades de entrega tiveram redução no valor médio dos salários ao longo dos anos

 

Além disso, as atividades econômicas apresentaram crescimento no número de empresas atuando no estado. De 2013 a 2022, o número de empresas prestadoras de serviços não financeiros saltou de 5.977 para 11.022, um aumento de 84,41%, o maior crescimento entre todos os estados brasileiros. 

Desafios 

Apesar do crescimento do setor, o estado ainda ocupa a 22ª posição no ranking nacional de receita bruta de serviços, com uma participação de apenas 0,31% no total do país. 

A receita bruta de serviços no Brasil em 2022 atingiu R$ 2,97 trilhões, um incremento de 26,5% ante o registrado em 2021. Entre os estados da federação, o maior volume de receita bruta foi o de São Paulo, com R$ 1,34 bilhão, o equivalente a 45,33% do total da receita bruta de serviços do país. O Acre apresentou a menor receita bruta do país, com R$ 2,22 bilhões, o que representava 0,07% do total da receita bruta do Brasil. 


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De 2013 a 2022, apesar de o Piauí ter apresentado 84,41% de aumento no número de empresas de serviços operando no estado, maior incremento registrado no país no período, o crescimento na receita bruta do estado não foi suficiente para alterar a participação relativa do Piauí na receita bruta da região Nordeste, que passou de 3,0% em 2013 para 3,1% em 2022, a menor participação entre os estados da região.

Sobre a PAS

A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) retrata as características estruturais das empresas prestadoras de serviços não financeiros no País. Os resultados obtidos por meio da pesquisa fornecem informações para que os agentes econômicos, tanto do setor público quanto do setor privado e da sociedade, possam realizar avaliações detalhadas para orientar as suas estratégias.

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