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Participação das mulheres no setor têxtil e de confecção no Piauí é a maior do Nordeste

Ao todo, foram gerados mais de 2.600 postos de trabalho em ambos os setores no ano de 2021

 
 
Teresina é o principal aglomerado do setor têxtil e de confecções no estado (Foto: reprodução/Guadalajara)

 Teresina é o principal aglomerado do setor têxtil e de confecções no estado (Foto: reprodução/Guadalajara)

 
 

O Estudo de Competitividade dos Setores Têxtil e de Confecção, recentemente divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), apontou que o Piauí tem a maior participação feminina nesses segmentos, com 69% dos empregos ocupados por mulheres. Essa taxa é 24% superior à média do Nordeste e de outras áreas atendidas pela Sudene, incluindo partes de Minas Gerais e do Espírito Santo - onde a participação das mulheres é de 52,7%.  A pesquisa foi feita com base em dados de 2021.

Com um total de 2.341 Microempreendedores Individuais (MEIs) no Piauí, o setor se divide entre 1.948 no segmento de confecções e 393 na área têxtil. Já no que se refere a empresas, o estado conta com 302 unidades, sendo 283 de confecções e 19 têxteis.

Ao todo, foram gerados 2.639 postos de trabalho, dos quais 2.532 estão no segmento de confecções e 107 na área têxtil. A capital, Teresina, é o principal aglomerado do setor no estado, representando 61,5% dos estabelecimentos e 64,3% dos empregos.

O estudo elenca que no século XIX, a cultura algodoeira impulsionou a economia local, influenciando posteriormente a criação de uma indústria têxtil. A Companhia de Fiação e Tecidos Piauhyense, inaugurada no início do século XX, é um marco dessa transição, ainda que o desenvolvimento industrial do estado tenha sido mais lento em comparação com outras regiões.

A Guadalajara é uma das indústrias de roupas mais antigas de Teresina, fundada em 1972

 

Produção nacional é voltada para o mercado interno

No cenário nacional, o setor têxtil e de confecções é responsável por 13% dos empregos na indústria, com uma participação de 8,2% na remuneração média mensal. A predominância feminina é uma tendência no país, com 52,7% da força de trabalho composta por mulheres. Em 2021, o setor contribuiu com 6% do valor total gerado pela indústria brasileira.

 

Entretanto, o Brasil, segundo a Sudene, não figura como um grande exportador neste segmento. A produção nacional é predominantemente voltada para o mercado interno, onde enfrenta a forte concorrência de produtos originários da China e de outras regiões da Ásia.

O estudo, uma colaboração entre a Sudene, o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e o Consórcio América de Fato, visa compreender os desafios, potencialidades e estratégias para aumentar a competitividade do setor. A pesquisa enfatiza a necessidade de ampliar a capacidade produtiva e melhorar as condições de emprego e geração de renda, especialmente em termos de equidade de gênero na remuneração.


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Concorrência forte com produtos da Ásia é um dos principais desafios do setor

Segundo o estudo, a intensificação da concorrência provocada pela entrada de produtos importados no mercado é um dos principais desafios. Isso coloca as empresas locais em uma posição de desvantagem competitiva, especialmente aquelas que competem principalmente em termos de preço.

Outro ponto de atenção é a governança econômica limitada no setor, que impacta diretamente na cooperação e integração entre as empresas. Adicionalmente, as condições de crédito ainda representam uma barreira. Os custos elevados para obtenção de financiamentos limitam a capacidade de investimento das empresas, restringindo seu potencial de crescimento e modernização.

Por fim, a burocracia e os custos associados à expansão de vendas fora do mercado regional também são desafios.

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Fonte: Estudo de Competitividade dos Setores Têxtil e de Confecção

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