Indústria
Ranking
Teresina é a 4ª capital do Brasil com mais energia solar nas residências
Dados da Aneel apontam que, entre 2015 e 2023, o investimento em energia solar no Piauí foi de R$ 12 bilhões.
Emelly Caroline Alves - redacao@pinegocios.com.br
Nos últimos anos o Piauí vem crescendo exponencialmente em relação a produção de energia solar, tornando-se referência para todo o Brasil. A capital do Estado, Teresina, ocupa o 4º lugar no ranking das cidades que mais possuem energia solar instalada nas residências. A informação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o infográfico, Teresina fica atrás somente de Florianópolis (SC), Brasília (DF) e Cuiabá (MT).
De modo geral, o Piauí vem conquistando os olhares de grandes investidores no que diz respeito à geração de energia solar. Dados da Aneel apontam que, entre 2015 e 2023, o investimento em energia solar no Piauí foi de R$ 12 bilhões. Com 317 MW de potência instalada, o estado ocupa o 17º lugar no ranking de geração distribuída – sistemas geradores instalados na própria unidade consumidora. E está em 2º lugar no ranking de geração centralizada (onde as grandes usinas produzem a energia e enviam às residências).
“Não é à toa que temos observado o crescimento gigantesco e exponencial da energia solar no Piauí. Somos um estado com grandes usinas e temos observado que muitos investidores têm procurado nosso estado para investir em energia solar. Nós vemos que as pessoas estão procurando cuidar mais do seu bolso e investir naquilo que tem dado retorno financeiro", explica o presidente da Associação Piauiense das Empresas de Energia Solar (Apisolar), Jean Cantalice.
Uma estimativa feita pela Apisolar aponta ainda que toda a cadeia de energia solar dos últimos oito anos gerou cerca de 15 mil empregos no Piauí. “De 2015 a 2023, a energia solar gerou 750 mil empregos no Brasil, que vão desde instalador e montador, à fabricante, vendedor e engenheiro. Já no Piauí não temos um número preciso de empregos registrados, mas estimamos que somente no estado já foram gerados 15 mil empregos diretos e indiretos”, destaca Jean Cantalice.
Além de ser limpa e renovável, o que é mais benéfico para o meio ambiente, a energia solar é mais rentável para os consumidores e por isso tem sido uma opção para quem quer diminuir os custos com energia elétrica. “A energia tem tido um aumento de preço e para fugir disso as pessoas estão buscando novas alternativas. No ranking das capitais que mais possuem energia solar instalada, Teresina está à frente até de Fortaleza, então estamos buscando mais investimento”, afirma o presidente da Apisolar.
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Financiamentos em energia solar crescem no Piauí
Além de aumentar o número de investimentos em energia solar, cresce também a quantidade de financiamentos para adquirir o serviço. Somente o Banco do Nordeste, em 2022, liberou R$ 483,9 milhões para projetos de energia solar no Piauí. Já nos últimos quatro anos, as operações realizadas pelo BNB em energia renovável no Estado somaram R$ 2,6 bilhões. Dados do banco apontam ainda que, no Piauí, os valores contratados para financiamento de energia solar residencial cresceram 24% em 2022. O número subiu de R$ 16,9 milhões financiados em 2021 para para R? 21 milhões no ano passado.
A engenheira Ludmila Carvalho, diretora-comercial da empresa Estação Solar, que atua no Piauí, Ceará e Maranhão, explica que muitos clientes optam por financiar a instalação de energia em sua residência ou empresa, uma vez que acabam economizando um valor que seria destinado às contas de energia mensais. “Eles usam o valor economizado, todos os meses, para pagar a parcela do financiamento. Assim, não há nenhum incremento nas finanças, e quando o financiamento estiver quitado, a fatura de energia ficará reduzida à taxa mínima”, reforça a engenheira.
Entre os clientes da Estação Solar, cerca de 45% optam por financiar o serviço. Uma dessas consumidoras é a dentista Ana Erica Vale, que contratou o financiamento em 2019 pelo Banco do Nordeste. “Minha conta de luz foi reduzida para taxa mínima. Antes pagava R$ 1.200 e agora paga somente a taxa mínima, que não chega a 200,00. Além da grande economia, temos muito mais conforto, pois podemos usufruir dos aparelhos eletrônicos e ar condicionado sem medo da conta de energia no final do mês”, afirma.
Sobre o assunto, Jean Cantalice acrescenta que as taxas de financiamento têm se tornado cada vez mais atrativas. “Hoje essa pode ser considerada a melhor saída, pois você só paga esse investimento em seis meses ou um ano. Funcionários públicos, empresários e autônomos têm aderido em grande quantidade”, conclui o presidente da Apisolar.
(Colaborou Emelly Caroline)
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